(Physalia physalis)
A caravela portuguesa é uma formação muito estranha. Não se trata de um único animal, mas de uma colônia inteira. É composto por vários animais da mesma espécie que se juntaram e agem e parecem ser um único animal. Imagine: um animal azul, parcialmente transparente e cheio de ar navegando no mar. Nesse organismo colonial, os membros costumam estar intimamente relacionados entre si e as tarefas necessárias para sobreviver são frequentemente distribuídas. A caravela portuguesa pertence aos hidrozoários e assemelha-se a uma água-viva. Um animal forma uma vela ensacada, cheia de ar, na qual outros animais se agarram. Acima da superfície, esta vela é levada por correntes. Ela tem aproximadamente 15 a 25 cm de altura e pólipos azuis estão presos a ela, com tentáculos que podem atingir até 20 metros. Dentro das cnidarias, das quais existem cerca de 3.300 espécies em todo o mundo, estão os hidrozoários. Os cnidócitos da caravela portuguesa são altamente venenosos e podem até ser fatais para o homem. Quando estes animais azuis aparecem na superfície da água, o perigo é sempre extremo. Mergulhadores e nadadores podem ficar emaranhados e cáusticos com seus tentáculos, o que pode gerar queimaduras de até terceiro grau, que, dependendo da concentração e da quantidade do veneno, também podem ser fatais para o homem. Como carnívoros, os hidrozoários pegam suas presas com seus tentáculos, que podem variar de um minúsculo plâncton a peixes grandes. Alguns dos tentáculos possuem pólipos para capturar e reter suas presas, outros são usados para digerir e outros para procriação, que pode ser sexual ou assexuada. A caravela portuguesa é encontrada em praticamente todos os mares tropicais e subtropicais do mundo. Viaja pelos mares sendo deslocada pelas correntes oceânicas e pelo vento. A sua fama de perigosa está espalhada em todo mundo.
Do ponto de vista energético, a presença do animal traz sempre uma limpeza profunda, principalmente por energias nocivas.
Uma vez quisemos sair para o mar com um grupo, mas o casal que nos ia acompanhar estavam chateados um com o outro. Assim que chegaram pudemos sentir a atmosfera carregada de ódio que reinava entre eles. Quando saímos para o mar não avistámos baleias nem golfinhos devido à ressonância energética que emanava do barco, mas deparámos com um grande grupo de belíssimas caravelas portuguesas. Isso teve um efeito esclarecedor.
